Tratamentos para os sintomas da tensão pré-menstrual

Tensão pré-menstrual e inibidores seletivos de recaptação da serotonina

Vários estudos indicam eficácia em tratamentos da tensão pré-menstrual (TPM) a longo prazo com Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS), especialmente a sertralina, a fluoxetina e a paroxetina, com recaídas quando se interrompiam de forma prematura.

Aproximadamente 60% das mulheres que apresentam a Tensão Pré-menstrual (TPM) têm sintomas que se agravam nos dias prévios à menstruação. As pacientes reportam pelo menos 1-2 dos seguintes sintomas, nos 5 dias prévios às regras em pelo menos três ciclos:

  • Depressão
  • Irritabilidade
  • Mudança de humor
  • Ansiedade
  • Confusão
  • Deterioração social
  • Opressão no peito
  • Mal-estar abdominal
  • Cefaleias ou enxaquecas
  • Dores uterinas
  • Entumecimento das extremidades

Estes sintomas se apresentam em vários ciclos e não estão relacionados com nenhum remédio, ingestão de hormônios, nem abuso de álcool ou drogas.

ACOG Practice Bulletin. 2000. Number 15, April.

Muitas vezes certas desordens ou problemas prévios se agravam com a TPM:

  • Depressão
  • Transtornos de Ansiedade
  • Transtornos alimentares
  • Abuso de substâncias
  • Alergias
  • Asma
  • Convulsões
  • Herpes
  • Cefaleias

Os ISRS (inibidores seletivos de recaptação da serotonina: sertralina –Zoloft, Atenix-; fluoxetina –Prozac, Foxetin-; paroxetina –Psicoasten, Aropax, Paxil-), que se usam nas depressões e em transtornos de ansiedade, podem ser considerados uma opção de primeira linha para a TPM, já que diversos estudos reportam sua eficácia para os sintomas emocionais e físicos, com boa tolerância.

Os fundamentos básicos da sua ação são que na produção do TPM intervém um eixo hipotalámico-hipofisário-gonadal (vai do hipotálamo, passa para a hipófise e em seguida aos órgãos genitais – neste caso os ovários) e um substrato dado pelos neurotransmissores.

Sabemos que a secreção de hormônios hipotalámicos é regulada por vários neurotransmissores, entre eles pelo GABA, a norepinefrina, a dopamina e a serotonina.

Esta última tem um papel na interfase com os hormônios ováricos. Por exemplo, a serotonina acelera o passo da progesterona em allopregnanolone, que ativa o receptor GABA.

Os ISRS não interferem nos anticoncepcionais orais.

Há duas possíveis abordagens de tratamento do TPM com estes remédios:

  1. uso intermitente
  2. uso contínuo e de longa duração.

Muitas mulheres têm uma recaída quando suspendem o tratamento com ISRS no primeiro ou segundo ciclo.

Por outro lado foram bem tolerados e muito eficazes quando se usaram por mais de 6 meses, e as pacientes assim tratadas deveriam ser reavaliadas regularmente depois desses 6 meses.

Leva-se um registro de sintomas e sinais e eventos adversos. Pegam-se escalas de avaliações psicológicas (se avalia grau de ansiedade, se existe ou não depressão).

Em muitos estudos foram eficazes com poucos efeitos adversos. Foram superiores sobre os antidepressivos não serotonérgicos.

Certos casos precisam de algum tipo de tratamento hormonal, outros melhoram notavelmente com fitoestrógenos (produtos naturais como as isoflavonas da soja, Cimicífuga racemosa, Dong quai ou Agnus castus).

Vários estudos indicam eficácia em tratamentos da tensão pré-menstrual (TPM) a longo prazo com Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS), especialmente a sertralina, a fluoxetina e a paroxetina, com recaídas quando se interrompiam de forma prematura.


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