Sociologia da família

A origem da família não é natural nem divina senão que é parte dum processo de construção social. A sociedade emprega as famílias que a compõem para reproduzir os seus valores e por tanto, manter-se e perpetuar-se no tempo.

A origem da família é situada junto à aparição da propriedade privada nas culturas e sociedades humanas. A família, neste aspeto, serve para que a propriedade privada possa transmitir-se de geração em geração.

Aliás, a família transmite os valores, a ideologia, cultura, etc., da sociedade hegemônica numa determinada época e com isso consegue reproduzir e perpetuar o sistema social que impera.

Obviamente cada família tem certo grado de liberdade para poder transmitir os seus próprios valores culturais e sociais, mas a família não foge à influência de outros agentes da sociedade que servem para reproduzir e perpetuar os valores da sociedade hegemónica ou predominante. Por exemplo:

• as instituições educativas,
• os médios de comunicação e
• os diversos “produtores de subjetividade”. Com produtores de subjetividade referimo-nos ao que produz e gera formas de sentir, de pensar e de atuar no mundo.